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Fotos e vídeos são registros bacanas, mas não só isso. Quanto mais completa a experiência, melhor. Ela vai direto para um lugar especial do coração, alma, memória, como tiver mais sentido para você. Colecionar boas memórias na infância é um tesouro, uma preciosidade imensa que parte do carinho, da experiência e de boas risadas. E ocorrem geralmente com a participação das famílias, amigos próximos e educadores.
Qual coleção você, leitor, se recorda? Será que se lembrou das imagens, cheiros e vivências da sua própria infância? Vamos tentar um jogo de resgatá-las. Abra seu álbum poético e cole página a página, monte sua coleção.
Você brincando na grama;
Na piscina;
Comendo banana;
Um cochilo delicioso;
Um colo que te acalmou;
Um abraço carinhoso;
Pirueta, cambalhota, balanço;
Um dia especial;
Uma festa de aniversário;
Quando ouviu aquela música;
Um presente;
Um sorriso no meio da rua;
O som daquela viagem;
O cheiro daquela receita;
Quando sentiu-se amado;
O dia que não devia ter acabado.
Dá para a gente ficar pensando por muito tempo. Cada um com a sua memória conta a própria história. Qual é a história que queremos deixar para nossas crianças lembrarem? E que vão inspirá-las a recontar a partir das próprias memórias e experiências?
Todos sabemos que a vida é feita de momentos bons e ruins. Ali em cima trouxemos uma coleção de possíveis memórias boas. Mas para elas existirem, os demais momentos também devem ser evitados.
Infelizmente, muito infelizmente mesmo, presenciamos cenas horríveis, de cortar o coração, de violência contra as crianças. No parque, no metrô, no ônibus, no meio da rua. São gritos, berros, puxões, ameaças de que vai apanhar e alguns tapas que acontecem mesmo. Esse tipo de memória vai ser boa para alguma criança? E uma coleção dessas violências?
O Brasil tem a violência como parte fundante de sua história. Mas não precisa continuar sendo parte da identidade e cultura. Por muito tempo a violência de uma forma geral, e mais especificamente contra crianças, foi normalizada. Chega. Passou da hora de cortar essa covardia. São dezenas de pesquisas do Brasil e do exterior, diversas áreas do conhecimento chegando à mesma conclusão de que bater não educa e com certeza não faz alguém melhor. A criança que cresce assim só vai carregar dores para o resto da vida.
Faz alguns anos que é crime e para denúncias tem o Disque 100, por exemplo. Contudo, ainda tem uma distância longa que aproxime a lei e proteja a todos diariamente e em todos os cantos. Por isso precisamos conversar mais, informar mais, tirar dúvidas, promover debates e romper quaisquer mitos e idolatrias a respeito. Para que deixe de ser um costume, algo normal. A violência nunca é a solução. E que família quer colecionar isso com as crianças? Para os momentos de chateação, respire e lembre da alegria e pureza das crianças. É o que vale sempre lembrar.